A arte de apoiar

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Qual é o seu jazz? Calma, que você vai entender melhor a pergunta ao longo do texto

Sabe quem foi Barney Bigard? Se você curte jazz, pode até conhecê-lo. Bigard era clarinetista e tocou ao lado de lendas como Louis Armstrong. Mas, mesmo que o nome dele não seja tão famoso quanto o de outros grandes músicos, há uma lição poderosa na trajetória de Barney que vale para todos nós, em qualquer área.

Barney Bigard era brilhante, mas o seu verdadeiro talento não estava nos holofotes. Enquanto outros solavam e levavam a plateia à loucura, Bigard fazia algo que poucos dominam com tanta maestria: ele era um mestre em acompanhar.

Suas notas não buscavam o protagonismo, mas criavam a base perfeita para que os outros brilhassem.

Enquanto Armstrong desafiava as alturas com seu trompete, Bigard estava ali, sustentando tudo com seu clarinete, como quem diz: “Eu te seguro, pode voar.”

 

 

E não é assim que as melhores parcerias funcionam?

Quem tem a arte de apoiar sabe que o sucesso do time vem antes do brilho individual. No jazz, isso é fundamental, a mágica acontece na interação, na escuta atenta, no ajuste fino para que todos cresçam juntos. E Bigard entendia isso como ninguém.

Agora, pensa comigo, o quanto isso reflete o mundo de hoje? Parece que que estamos em um momento atual de nossa cultura em que todos querem ser protagonistas – todo mundo quer o palco, os likes, os aplausos.

Todos querem apoio para seus projetos, mas, contraditoriamente, poucos estão dispostos a oferecer apoio. Aqui no Brasil, especialmente, isso parece estar se perdendo.

Vejo cada vez mais uma corrida solitária pelo sucesso individual. Porém, o que percebo em algumas outras culturas, como os EUA, por exemplo, é um movimento diferente. Lá, muitas pessoas estão criando ecossistemas de apoio mútuo, onde ao ajudar o outro a crescer, todos crescem juntos.

 

No final, o sucesso nunca foi competir pelo holofote, mas a criação de ambientes onde todos possam brilhar

É como no jazz: o solo só é magnífico porque há uma base sólida, construída por alguém que entendeu que apoiar é uma arte.
Então, a pergunta que fica é: qual é o seu “jazz” e como você tem apoiado quem faz parte dele? Porque, no fundo, quando você apoia, também se eleva.

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